O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu nesta quarta-feira (13) à decisão do governo dos Estados Unidos de revogar os vistos de dois integrantes do Ministério da Saúde ligados ao programa Mais Médicos. Em publicação nas redes sociais, Padilha afirmou que o programa “sobreviverá aos ataques injustificáveis” e reiterou que “saúde e soberania não se negociam”.
A medida foi anunciada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e afeta Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e atual coordenador-geral para a COP30. Segundo o comunicado oficial, ambos teriam atuado na implementação do Mais Médicos durante gestões anteriores e seriam “cúmplices” do que o governo de Donald Trump chama de “trabalho forçado do governo cubano” no programa.
Padilha defendeu a importância da iniciativa, criada em 2013 para levar médicos a regiões remotas, vulneráveis e com escassez de profissionais. Entre 2013 e 2018, médicos cubanos participaram do programa por meio de um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A partir de 2023, o governo federal retomou o projeto, rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, priorizando profissionais brasileiros e expandindo vagas para outras áreas de saúde, como enfermagem, odontologia e assistência social.
Segundo o ministro, o número de profissionais no programa dobrou nos últimos dois anos. “Temos muito orgulho de todo esse legado que leva atendimento médico para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso à saúde. Não nos curvaremos a quem persegue vacinas, pesquisadores e a ciência”, declarou.
Para Padilha, a política pública é aprovada por quem “mais importa”: a população brasileira.
*Com Agência Brasil