Felipe Bressanim Pereira, 26 anos, nascido em Londrina (PR) e morador de São Paulo, construiu um público de cerca de 20 milhões de seguidores somando YouTube, TikTok e Instagram. Sua carreira começou em 2012, transmitindo jogos eletrônicos ao vivo. Com o tempo, abriu espaço para o humor e para críticas de temas diversos.
Em maio de 2023, publicou “Testei a base da Virgínia”, paródia sobre o cosmético da influenciadora Virgínia Fonseca, então sob críticas por suposta má qualidade, o vídeo acumula mais de 19 milhões de visualizações. No TikTok, se destacou com lives no formato “personagem não jogável”, imitando figuras com gestos repetitivos e falas automáticas. A notoriedade levou-o a programas como The Noite e De Frente com Blogueirinha. Ele afirma ter destinado parte do faturamento de transmissões a causas sociais.
Vídeo Denuncia conta adultização de crianças
Nos últimos dias, Felca atraiu holofotes ao falar sobre “adultização” de crianças nas redes. Ele admitiu ter seguido perfis de menores com a conta principal durante a apuração, o que desencadeou mais de 200 acusações de pedofilia no Twitter (X). O influenciador respondeu anunciando que processará os acusadores, a menos que doem R$ 250 a entidades que combatem a exploração infantil.
A polêmica ganhou novo capítulo com as denúncias contra o influenciador paraibano Hytalo Santos. A conta dele no Instagram saiu do ar nesta sexta-feira (8), após vídeo de Felca acusá-lo de explorar menores. O Ministério Público da Paraíba confirmou que já investigava o caso desde 2024.
Dois promotores — de Bayeux e João Pessoa — conduzem o inquérito, aberto antes das falas de Felca. A promotora de Bayeux não solicitou a retirada da conta, e o órgão não confirmou se houve pedido por parte do promotor da capital.
Kamyla Santos, 17 anos, parceira de Hytalo na criação de conteúdo, também teve uma das contas suspensas, Felca alega que ela foi exposta desde a adolescência a produções com teor sexual, influenciando outros menores. O vídeo de denúncia, com quase 50 minutos, inclui trechos de publicações em que a jovem aparece, inclusive sem roupa, junto a outros adolescentes, em contextos sensuais observados por adultos.
No encerramento, Felca classifica o trabalho de Hytalo como “nefasto” e um “circo macabro”, apontando ainda possível envolvimento com o “Jogo do Tigrinho”. A gravação já superou 3 milhões de visualizações e se tornou assunto central nas redes sociais.