Pré-candidata a senadora pelo União Brasil, a primeira-dama de Goiás Gracinha Caiado voltou a defender nesta segunda, 12, duas candidaturas pela base ao Senado. Ela deixou claro ainda que o caminho está aberto para o PL.
Hoje há dois grupos defendendo caminhos diferentes para o PL no ano que vem. Um deles é liderado pelo vereador Major Vitor Hugo, que mira exatamente uma candidatura a senador e acena com diálogo com a base caiadista.
O senador Wilder Morais e o deputado federal Gustavo Gayer querem outro caminho: o enfrentamento ao candidato do governador, Daniel Vilela, com Wilder na cabeça de chapa e Gayer para o Senado.
Daniel, presidente do MDB, é vice e assumirá como titular em abril do ano que vem, quando Caiado já avisou que renunciará para tentar ser candidato a presidente da República.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador Ronaldo Caiado se reaproximaram nos últimos dias e a sinalização é para um possível entendimento que junte PL e União Brasil ano que vem.
A declaração de Gracinha Caiado, portanto, ocorre em um ambiente de diálogo entre governador e ex-presidente. Um aceno de que o espaço está reservado e que é interesse da base caiadista a união de forças em uma chapa só.
Nesse caso, a direita e a extrema direita estariam unidos no Estado, e o clima atual de possível desunião no seio bolsonarista seria eliminado. Do contrário, poderemos ver repetido em 2024 o enfrentamento ocorrido em Goiânia, quando Sandro Mabel (União Brasil) e Fred Rodrigues (PL) foram pro embate no segundo turno.
Isso significaria também, no entanto, palanque dividido para candidato a presidente. E o risco de que a eleição não seja decidida entre direita e extrema direita, e sim entre uma direita dividida e um nome, quem sabe, de centro.