Entenda o que pode ter provocado a abertura da porta do avião de Lauana Prado

Avião com Lauana Prado faz pouso de emergência em Goiânia após porta abrir durante voo; não houve feridos.

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Reprodução Instagram

Nesta segunda-feira, 18, um avião fretado que transportava a cantora sertaneja Lauana Prado precisou realizar um pouso de emergência em Goiânia. A aeronave havia decolado de Anápolis, região central de Goiás, com destino a Sorocaba (SP), mas retornou após a porta abrir durante o voo.

De acordo com a assessoria da artista, a situação aconteceu cerca de 20 minutos após a decolagem, por volta das 10h, quando a porta da aeronave se abriu de forma repentina. Apesar do susto, ninguém se feriu. O pouso ocorreu no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, sem registro de pedido de atendimento de emergência.

No avião, modelo King Air B220, estavam Lauana Prado, quatro integrantes de sua equipe, além do piloto e do copiloto. A artista destacou a atuação dos profissionais, que reagiram de maneira rápida e segura.

O que aconteceu durante o voo

Segundo o relato de Lauana, os passageiros estavam relaxando quando ouviram o barulho do “estouro” da porta. Emocionada, a cantora disse que nunca havia vivido uma situação semelhante e agradeceu por todos estarem bem. “Não sofri um único arranhão, nem eu, nem ninguém da minha equipe. Foi um livramento muito grande”, afirmou.

Segundo a assessoria da cantora, no avião havia 7 ocupantes: a artista, quatro pessoas da equipe dela, piloto e co-piloto.

Origem e destino da aeronave

A aeronave havia decolado de Anápolis às 9h30 e seguiria para Sorocaba, onde a cantora reside. No entanto, o problema forçou o retorno para Goiânia. O nome da empresa responsável pelo avião não foi divulgado até o momento.

Repercussão

Em vídeos publicados nas redes sociais, Lauana Prado tranquilizou os fãs e ressaltou que viaja com a empresa há algum tempo sem ter registrado incidentes anteriores.

O que leva uma porta de avião a abrir?

A abertura acidental de uma porta de avião em voo é um evento extremamente raro devido aos múltiplos sistemas de segurança e à física da pressurização da cabine. No entanto, uma combinação de falhas mecânicas, erro humano e problemas estruturais pode, teoricamente, levar a tal cenário. Abaixo, confira pelo menos cinco cenários em que uma porta de avião poderia se abrir acidentalmente, com base em incidentes históricos e princípios de engenharia aeronáutica.

1. Falha estrutural e despressurização explosiva em altitude de cruzeiro: Este é o cenário mais catastrófico e conhecido, embora raríssimo para portas principais. Um exemplo notável, embora envolvesse uma porta de carga, foi o voo 811 da United Airlines em 1989. Uma falha no mecanismo de travamento da porta de carga levou à sua abertura em voo.

A súbita e violenta diferença de pressão entre a cabine e o exterior arrancou a porta e uma seção da fuselagem, resultando em uma despressurização explosiva. Em teoria, uma falha estrutural severa ao redor do batente da porta principal, causada por fadiga do metal, manutenção inadequada ou dano prévio não detectado, poderia levar a um resultado semelhante, comprometendo a integridade do sistema de travamento e permitindo que a pressão interna force a abertura da porta.

2. Abertura do “plug door” por falha nos pinos de retenção: Este cenário ganhou notoriedade com o incidente do voo 1282 da Alaska Airlines em janeiro de 2024. Aeronaves como o Boeing 737 MAX 9 podem ser configuradas com uma porta de saída de emergência desativada, que funciona como uma “tampa” (plug door). Essa peça é projetada para ser mantida no lugar pela pressão da cabine, além de pinos e parafusos de retenção.

No caso da Alaska, os parafusos que deveriam prender a “plug door” à fuselagem estavam ausentes. Sem essa fixação mecânica, a porta foi ejetada pela força da pressurização da cabine logo após a decolagem, quando a diferença de pressão começou a se tornar significativa. Este cenário evidencia que uma falha crítica na montagem ou manutenção, especificamente a omissão de componentes cruciais de travamento, pode anular os demais sistemas de segurança.

3. Erro humano durante a manutenção no solo: Antes do voo, as portas são operadas em modo manual. Se um técnico de manutenção ou a tripulação de solo não travar a porta corretamente conforme os procedimentos e essa falha não for detectada nas múltiplas checagens pré-voo, a porta pode não estar devidamente selada.

Embora a pressurização ajude a manter a porta no lugar, uma trava mal engatada ou um pino de segurança não inserido corretamente poderiam, sob as vibrações da decolagem e a crescente diferença de pressão, levar ao deslocamento e à abertura parcial ou total da porta em baixa altitude. A complexidade dos mecanismos de travamento exige um seguimento rigoroso dos protocolos para garantir a segurança.

4. Falha em múltiplos mecanismos de travamento por problema elétrico ou hidráulico: As portas de aeronaves modernas possuem uma série de travas, pinos e ganchos que se acionam para garantir a vedação. Esses sistemas podem ser operados eletricamente ou hidraulicamente. Um curto-circuito generalizado ou uma falha catastrófica no sistema hidráulico que controla o mecanismo de travamento poderia, teoricamente, levar a uma retração simultânea das travas.

Mesmo que existam sistemas de redundância e travas mecânicas independentes, uma falha em cascata de múltiplos sistemas, combinada com uma situação de voo com fortes vibrações ou manobras bruscas, poderia comprometer a segurança da porta.

5. Abertura parcial durante o taxiamento ou em baixa altitude por falha de sensores e travas: Em altitudes muito baixas ou no solo, a diferença de pressão é mínima ou inexistente, o que torna fisicamente mais fácil a abertura de uma porta. Um cenário possível envolveria uma falha no sistema de sensores que indicam à tripulação que uma porta não está completamente travada.

Se, por exemplo, o mecanismo de travamento principal falhar e um sistema de segurança secundário também não engatar corretamente, a porta poderia se abrir durante a corrida de decolagem ou em baixa altitude, antes que a pressurização diferencial se torne um fator impeditivo significativo. Incidentes de portas de serviço ou de emergência menores se abrindo nessas fases do voo já foram registrados, geralmente devido a alavancas de acionamento não devidamente posicionadas e travadas.

O susto envolvendo Lauana podee ênfase aqui – estar relacionado com a 3ª e 5ª possibilidade citada, pois a emergência ocorreu apenas 20 minutos após a decolagem.

Essas outras situações citadas acima são apenas ocorrências anteriores, algumas em contextos muito diferentes. Ainda não há informações oficiais sobre o que teria provocado a abertura da porta durante o voo.

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