O avanço das inteligências artificiais generativas voltou a causar polêmica, a bola da vez envolve uma das franquias mais queridas do Brasil: a Turma da Mônica. Nas últimas semanas, imagens dos personagens criados por Mauricio de Sousa passaram a circular nas redes sociais em versões geradas por IA, replicando o traço original das histórias em quadrinhos com variações de cenário, estilo e até contextos um tanto inusitados.
Diante da repercussão, a Mauricio de Sousa Produções (MSP) se pronunciou por meio de uma nota à imprensa. O estúdio afirmou que os personagens são protegidos por leis de direito autoral e propriedade intelectual. Ainda houve o reforço de que não autoriza a criação de conteúdos que violem esses direitos ou que estejam associados a discursos de ódio, desinformação ou que desrespeitem os valores da marca.
Veja a nota na íntegra
A MSP Estúdios reforça que o uso de qualquer elemento relacionado aos personagens está protegido por leis de direito autoral e propriedade intelectual. Não autorizamos a criação de conteúdos que violem esses direitos, nem admitimos associações com discursos de ódio, desinformação ou práticas que contrariem os valores da empresa. Há mais de 60 anos, defendemos a ética e o compromisso com a cultura e agiremos sempre que esses princípios forem desrespeitados. Reconhecemos o valor da inteligência artificial como ferramenta de experimentação e inovação, mas reforçamos que ela deve atuar como apoio, e não substituição, à criação artística. Quando tenta reproduzir o traço da Turma da Mônica, a IA apenas ecoa, de forma limitada, uma linguagem visual única, construída ao longo de décadas pelos artistas da MSP Estúdios. Mais do que um estilo, esse traço carrega narrativas, emoções e a sensibilidade humana, algo que nenhum algoritmo consegue replicar por completo“.
Como noticiado há algumas semanas, esse não é um caso isolado. O Studio Ghibli, do Japão, também foi alvo de representações por IA recentemente, o que levou alguns fãs a resgatarem um vídeo no qual o fundador do estúdio, Hayao Miyazaki, demonstra a sua insatisfação com o uso dessas tecnologias no campo artístico.