As críticas de jogadoras brasileiras às condições da Conmebol Copa América Feminina 2025 repercutiram internacionalmente. As estadunidenses Sam Mewis e Lynn Williams, campeãs com os Estados Unidos, comentaram a situação no podcast Snacks, após relatos de Kerolin e Marta sobre a estrutura oferecida no torneio.
Nas duas primeiras rodadas, as atletas não podiam aquecer no gramado antes dos jogos e precisavam esperar em salas pequenas, em alguns casos, divididas entre jogadoras de seleções adversárias.
“Tenho pena das jogadoras que enfrentam isso. As entidades dirigentes e quem está no poder precisam defender mais essas atletas, para que elas não sigam passando por isso”, afirmou Sam Mewis.
Kerolin, já atuou na NWSL, e, hoje defende o Manchester City da Inglaterra. Marta é ídola nos EUA com passagem longa pelo Orlando Pride, tornaram públicas as dificuldades. A pressão surtiu efeito. Após os protestos, a Conmebol autorizou o aquecimento no campo por 15 minutos antes das partidas, a partir da terceira rodada.
Lynn Williams comparou a realidade do torneio sul-americano com a Eurocopa Feminina, que acontece na Suíça. Segundo ela, a diferença de estrutura, visibilidade e investimento é evidente.
“Enquanto isso, a Eurocopa está batendo recordes de público e investimento. As jogadoras lá têm acesso à mídia, ao VAR, à cobertura completa. Por que não fazemos o mesmo aqui? Aplaudo a Kerolin por se posicionar, mas desafio as federações a fazerem melhor”, declarou Williams.
Apesar das críticas à estrutura, o Brasil lidera o Grupo B com nove pontos e já garantiu vaga na semifinal. A equipe de Arthur Elias enfrenta a Colômbia nesta sexta-feira (25), às 21h. A seleção tentar manter os 100% de aproveitamento e assegurar a liderança da chave.