A Embaixada dos Estados Unidos informou, nesta quarta-feira (25), que o governo americano começará a monitorar as redes sociais de todos que solicitarem visto de estudante para entrar no país. A medida se insere em um conjunto de ações mais rígidas adotadas pela gestão do presidente Donald Trump para o controle da entrada de estrangeiros, conforme prometido durante sua campanha eleitoral.
Para viabilizar esse monitoramento, a embaixada orientou os solicitantes a configurarem seus perfis de mídias sociais no modo “público”. A medida se aplica aos solicitantes dos seguintes tipos de visto:
- J: participantes de programas de intercâmbio educacional e cultural aprovados pelo governo dos EUA, como professores, pesquisadores, estagiários, entre outros.
- F: estudantes que pretendem estudar em instituições acadêmicas nos EUA, como universidades ou faculdades.
- M: estudantes de instituições vocacionais ou não acadêmicas.
As autoridades americanas afirmaram que analisarão de forma “abrangente e minuciosa” o comportamento dos candidatos nas redes sociais. O objetivo é verificar se eles representam riscos à segurança dos Estados Unidos, considerando conteúdos que demonstrem hostilidade ao país, seus valores, instituições e população.
A embaixada destacou que a nova diretriz segue uma medida anunciada na semana anterior pelo Departamento de Estado. Na ocasião, um telegrama oficial determinou que os funcionários consulares realizem uma avaliação completa do histórico digital dos solicitantes. Segundo o documento, a análise deve identificar candidatos que demonstrem atitudes hostis à cultura, às instituições ou aos princípios fundadores dos EUA.
Regras retomam exigências para concessão de vistos
O Departamento de Estado incluiu essa análise de redes sociais no processo de retomada da concessão de vistos estudantis e de intercâmbio, suspensa desde maio. O governo norte-americano afirmou que pretende usar todas as ferramentas disponíveis para garantir que os visitantes não representem ameaça à ordem e segurança do país.