O que acontece quando um diretor chileno decide criar um estilo próprio para contar a vida de personalidades conhecidas nos momentos que antecedem um ponto de virada?
Nasce uma trilogia muito boa — ainda que com um nome não muito bom, Mulheres de salto — que tem seus altos e baixos, mas que vale a caminhada. Ao longo do percurso, dá pra sentir o sentimento de confinamento e as angústias que atravessam essas vidas prestes a mudar.
Jackie
Em Jackie (2016), Natalie Portman dá vida à ex-primeira-dama dos Estados Unidos nos dias que sucedem o assassinato de John F. Kennedy. O filme foca no luto e no esforço de Jacqueline Kennedy para preservar o legado do marido, ao mesmo tempo em que tenta manter sua própria identidade. A performance de Portman foi amplamente elogiada e indicada ao Oscar.
Spencer
Já em Spencer (2021), Kristen Stewart interpreta Diana, Princesa de Gales, durante um feriado de Natal na propriedade de Sandringham, quando a princesa teria tomado a decisão de se separar do príncipe Charles. O filme retrata a pressão da monarquia sobre Diana e como o controle institucional impactou sua saúde mental. Stewart recebeu aclamação da crítica e foi indicada ao Oscar por sua atuação.
Maria
Fechando a trilogia, Maria (2024) é centrado nos últimos dias de vida da soprano Maria Callas em seu apartamento em Paris. Angelina Jolie interpreta a diva da ópera em uma fase marcada por solidão, memórias dolorosas e o desejo de reencontrar sua voz. Apesar de algumas (muitas) falhas, o filme vale a pena e consegue emocionar ao destacar a fragilidade por trás da figura mítica.
Todos os filmes têm uma fotografia belíssima, mas, se for pra fazer um ranking, o meu seria assim:
- Maria
- Jackie
- Spencer