Um ataque brutal com uma espada de samurai, que chocou o Reino Unido em 2024, terminou com a condenação de Marcus Arduini Monzo, brasileiro de 37 anos, à prisão perpétua nesta sexta (27/06).
Pela legislação britânica, Monzo deverá cumprir no mínimo 38 anos antes que sua pena possa ser revisada. Mesmo que seja libertado, ele permanecerá em liberdade condicional pelo resto da vida.
O jovem Daniel Anjorin, um adolescente de 14 anos, foi o principal atacado. Ele saía de casa para ir à escola, em Hainault.
De acordo com testemunhas, Monzo parecia em transe: sorria e gritava, como se estivesse comemorando, logo após golpear o jovem com uma lâmina de cerca de 60 cm.

A vítima caiu a poucos metros de casa. A cena foi descrita como devastadora. “Você destruiu um lugar pacífico com atos de pura selvageria”, afirmou o juiz Bennathan durante o anúncio público da sentença.
O ataque durou cerca de 20 minutos e deixou outras três vítimas: uma policial e dois civis que sofreram ferimentos graves. Monzo também chegou a invadir uma residência onde estavam um casal e uma criança pequena.
Inspirações
O tribunal teve acesso a provas de que Monzo era obcecado por conteúdos violentos, negacionistas e extremistas. Ele mantinha perfis com referências a Adolf Hitler, Andrew Tate e Elon Musk, além de publicações sobre teorias da conspiração, “terra plana” e misoginia.
O brasileiro alegou estar sob efeito de maconha e ter sofrido um surto psicótico. A defesa disse que ele apresentava sintomas compatíveis com esquizofrenia agravada pelo uso frequente da droga. Mas o júri não aceitou essa versão.
Para a acusação, a psicose foi induzida por intoxicação voluntária — e, por isso, não o isenta da responsabilidade criminal.