A Prefeitura de Goiânia confirmou que o Instituto Patris será o novo responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) a partir deste sábado (23/8). A decisão foi anunciada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) após a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), antiga gestora, ter paralisado serviços essenciais da unidade.
Segundo a SMS, a medida tem caráter emergencial e busca assegurar a continuidade da assistência materno-infantil na capital. O secretário de Saúde, Luiz Pellizzer, afirmou que a substituição foi necessária diante do risco de desassistência a gestantes e recém-nascidos.
Além do HMDI, houve reforço imediato nos serviços da Maternidade Nascer Cidadão. A Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), que assumirá a gestão da unidade futuramente, iniciou nesta sexta-feira (22/8) a oferta de anestesiologia. A ação, segundo a SMS, garante a retomada dos procedimentos que estavam suspensos.
A Fundahc administrava as maternidades públicas de Goiânia desde 2012. Em 2025, a Prefeitura afirmou ter destinado mais de R$ 115 milhões à fundação, mas, mesmo com os repasses em dia, os problemas na regularidade dos serviços e no cumprimento de metas assistenciais foram recorrentes.
Pronunciamento da Fundahc
“A Fundahc vem a público esclarecer o cenário atual da gestão das maternidades municipais de Goiânia.
Como já amplamente noticiado, empresas prestadoras de serviços vinculadas às maternidades geridas pela fundação suspenderam suas atividades por inadimplência nos pagamentos de contratos, situação que ocorre pela irregularidade de repasses financeiros por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) para a Fundahc desde 2023.
Nesta sexta-feira (22), no entanto, a SMS anunciou a antecipação da entrada das novas Organizações Sociais (OSs) para iniciar a gestão das maternidades municipais de Goiânia.
Cabe destacar que a Prefeitura empenhou recursos financeiros para as OSs, mas mantém em aberto pendências com a Fundahc, inviabilizando a quitação de obrigações com fornecedores e prestadores de serviços, além das obrigações trabalhistas.
A Fundahc afirma que não emitirá qualquer notificação de rescisão de contratos com colaboradores, fornecedores ou prestadores de serviços enquanto a SMS não definir formalmente a composição dos valores em aberto e a garantia dos direitos trabalhistas. Ressaltamos que não se trata apenas de contratos administrativos, mas de vidas humanas, de trabalhadores que sempre asseguraram a continuidade da assistência nas unidades.
Com mais de duas décadas de atuação, a Fundahc construiu uma trajetória de compromisso, seriedade e competência reconhecida em sua missão de apoio à saúde pública. Reiteramos nossa disposição em dialogar com todos os atores institucionais envolvidos para que sejam assegurados os direitos dos trabalhadores, a estabilidade da rede de serviços e, acima de tudo, a assistência digna às mães, bebês e famílias de Goiânia.”
Assessoria de Comunicação da Fundahc