A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Goiás (FICCO/GO) deflagrou nesta quinta-feira (25) a Operação Corrosão, considerada uma das maiores ações conjuntas do ano contra o crime organizado no país. O foco é o enfrentamento ao tráfico interestadual de drogas, à lavagem de dinheiro e a crimes correlatos, em uma ofensiva que se estende por dez unidades da federação.
Segundo informações da corporação, estão sendo cumpridos 64 mandados de busca e apreensão e 55 de prisão — 39 de caráter preventivo e 16 temporários. Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 21 milhões em bens e contas bancárias ligados aos investigados.

As medidas ocorrem simultaneamente em Goiás, São Paulo, Paraná, Pará, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal, revelando a dimensão interestadual da atuação da organização criminosa investigada.
Mais de 400 agentes participam da operação, entre integrantes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal de Goiás e da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). O trabalho conjunto, de acordo com as forças de segurança, é considerado essencial para atingir diferentes ramificações da facção.

As investigações apontam que o grupo criminoso possuía uma estrutura altamente hierarquizada e complexa, com funções bem definidas. O organograma incluía desde lideranças responsáveis pela tomada de decisões e movimentação financeira até setores de disciplina interna, fornecedores, distribuidores e intermediários financeiros. Essa divisão de tarefas permitia ao grupo manter operações em larga escala, dificultando a atuação das autoridades.
De acordo com a FICCO/GO, o mapeamento dessas funções é visto como um passo decisivo para a desarticulação completa da organização criminosa. A força-tarefa destaca que a cooperação entre diferentes instituições tem se mostrado fundamental para o enfrentamento de facções que atuam além das fronteiras estaduais.