Todo o Brasil acompanhou o drama que foi o resgate da publicitária Juliana Marins, de 26 anos. Ela foi encontrada já sem vida na última terça-feira (24) após cair em uma encosta do Monte Rinjani, na Indonésia.
A jovem, natural de Niterói (RJ), realizava um mochilão pela Ásia desde fevereiro e havia passado por países como Vietnã, Tailândia e Filipinas até chegar ao território indonésio. Ela também era dançarina profissional de pole dance e formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Abandono e falta de agilidade
Juliana desapareceu na madrugada de sábado (21), após se queixar de que estava cansada após um dia de trilha. Ela então foi deixada para trás pelo guia e acabou caindo da trilha, cerca de 300 metros abaixo.
Em vídeos divulgados na internet, é possível ver como o terreno da região, composto por solo arenoso e de partículas grandes, teria contribuído para que ela descesse ainda mais para cerca de 600 metros da trilha original.
Ela foi localizada inicialmente por um drone de turistas, mas o resgate demorou a ser iniciado.
As buscas duraram quatro dias e enfrentaram dificuldades devido ao mau tempo, como neblina, baixa visibilidade e a falta de planejamento, incluindo cordas curtas.
Mentira
A lentidão da operação gerou críticas. O governo local chegou a afirmar que havia enviado água, comida e roupas por drone, mas a informação foi desmentida pela família da vítima e pelo embaixador do Brasil na Indonésia.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) chegou a cobrar publicamente o resgate das autoridades indonésias no domingo (22), mas pouco foi feito.
Operação

A operação de retirada do corpo só foi concluída nesta quarta-feira (25), com duração de cerca de sete horas. Participaram do resgate três equipes, incluindo duas do esquadrão especial Rinjani.
O corpo de Juliana, junto da equipe de resgate, foi içado, isto é, a equipe teve de descer por meio de estruturas instaladas em pedras e então subir com ele. Não foram utilizados helicópteros devido ao mau tempo.
O corpo foi entregue ao Hospital Bhayangkara da Polícia Regional de Nusa Tenggara Ocidental.