Um relatório técnico encomendado pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) concluiu que o Aterro Sanitário da capital apresenta estabilidade geotécnica satisfatória e não oferece riscos de desmoronamento ou explosão. O documento, entregue nesta terça-feira (4/11), é resultado de um monitoramento que avaliou a estrutura entre setembro e novembro deste ano.
O estudo foi conduzido pelo engenheiro ambiental, agrônomo e geomensor José Augusto Martins Filho (CREA 20083/D-GO) e seguiu normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), especialmente a NBR 11682, que define parâmetros de segurança para taludes e encostas. Os resultados apontaram fatores de segurança variando entre 1,8 e 2,5, todos acima do mínimo exigido de 1,5, o que indica condições estáveis no maciço do aterro.
Para chegar aos resultados, foram instalados 50 marcos superficiais no local, permitindo medições precisas por meio de GPS RTK e aerofotogrametria com drones (VANT). As análises compararam dados planialtimétricos e volumétricos das medições realizadas, sem identificar movimentações anormais que pudessem sinalizar risco de instabilidade.
O relatório recomenda que o monitoramento seja mantido com frequência bimestral — periodicidade mais rigorosa do que a prevista em norma — e reforça a importância da manutenção adequada dos taludes e do sistema de drenagem.
Os dados obtidos integram o processo de adequação do Aterro Sanitário e deverão subsidiar novas etapas do licenciamento ambiental junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).










