O Senado Federal aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda (IR) trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil e aumenta a tributação sobre os mais ricos. A proposta, de número 1.087/2025, segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso o texto seja sancionado ainda neste ano, as novas regras entram em vigor a partir de janeiro de 2026.
Segundo estimativas do governo, cerca de 25 milhões de brasileiros deixarão de pagar Imposto de Renda ou terão redução no valor devido, enquanto aproximadamente 200 mil contribuintes com rendimentos mais altos terão aumento na carga tributária.
O relator da matéria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou a aprovação como um marco para o sistema tributário. O texto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano — o equivalente a R$ 50 mil mensais — e cria tributação sobre lucros e dividendos enviados ao exterior, também com alíquota de 10%.
A proposta mantém redução gradual de imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7,35 mil mensais. Já quem recebe lucros e dividendos de empresas no Brasil em valores superiores a R$ 50 mil por mês também será tributado em 10% a partir de 2026, sem possibilidade de deduções.
Com a medida, o governo busca corrigir distorções históricas da tabela do IR, que não era atualizada integralmente há anos, e reforçar a progressividade do sistema tributário — ou seja, quem ganha mais, paga mais.










