O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) voltou a se envolver em polêmica após criticar uma exposição sobre religiões de matrizes africanas e indígenas, instalada no saguão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Durante sessão na quarta-feira (5), o parlamentar classificou as obras como “adoração ao demônio” e afirmou que a mostra trazia “coisas ruins” para a Casa.
“Hoje de manhã, ao chegar na Assembleia, eu me deparei, no saguão, com a exposição de ‘Tranca Rua’, ‘Pomba Gira’, ‘Exu’, ‘Preto Velho’, que, pelo menos nas igrejas que eu frequento, são espíritos do demônio. Com cabeça de vaca, com vela, com oferenda…”, declarou o deputado em plenário.
Apesar de dizer respeitar todas as crenças, Amauri completou que, para ele, “religião é aquela que tem ligação com um único Deus, que é Jesus Cristo”. Em seguida, convidou os deputados e pastores Henrique César (Podemos) e Ricardo Quirino (Republicanos) a realizarem uma oração no local. O objetivo, segundo ele, seria retirar “as coisas ruins” que teriam sido trazidas pela exposição.
A exposição faz parte de uma programação cultural da Alego sobre diversidade religiosa e cultural.
A Constituição Federal de 1988 garante a liberdade de culto e estabelece o Brasil como um Estado laico. A intolerância religiosa é considerada crime pela Lei nº 7.716/1989, que prevê punições para discriminação ou preconceito em razão de crença.










