A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Goiânia, que apura o contrato da Prefeitura com o Consórcio Limpa Gyn, levantou na terça-feira (4) a possibilidade de que a empresa responsável tenha de devolver valores aos cofres públicos. A hipótese surgiu após os vereadores identificarem inconsistências entre os dados apresentados pelo consórcio e pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra).
Durante a reunião, os parlamentares aprovaram sete requerimentos de informação endereçados à Prefeitura e ao consórcio. Entre os pedidos estão relatórios de pesagem dos resíduos recolhidos, registros de GPS da frota e fotos que comprovem a entrega de recicláveis às cooperativas. O objetivo é cruzar os números e verificar se o volume informado condiz com o material efetivamente coletado.
O presidente da comissão, vereador Welton Lemos (Solidariedade), afirmou que a Seinfra será notificada para adotar medidas urgentes, como a regularização do uso de balanças certificadas e a revisão das medições. A secretaria terá cinco dias para apresentar um cronograma com ações corretivas.
Já o relator da CEI, Willian Veloso (PL), afirmou que o relatório final deve propor medidas administrativas e legais, caso sejam confirmadas irregularidades. “Nosso papel é oferecer transparência e garantir que o dinheiro público seja bem aplicado”, disse.
Para o vereador Cabo Senna (PRD), autor de parte dos requerimentos, a falta de controle rigoroso nas medições pode gerar prejuízos. “Se o volume for medido apenas por estimativa, sem pesagem real, é justo avaliar a devolução dos valores pagos”, afirmou.
Instalada em agosto, a CEI da Limpa Gyn investiga a execução do contrato de limpeza urbana em Goiânia, incluindo o controle sobre o transporte de resíduos e a destinação de recicláveis às cooperativas.
*Com informações da Agência Câmara Goiânia










