A unidade de computação em nuvem da Amazon, a AWS, enfrentou uma pane na manhã desta segunda-feira (20) que derrubou serviços de centenas de empresas em todo o mundo, inclusive no Brasil. A agência Reuters informou que mais de 500 companhias registraram falhas, entre elas a própria Amazon, a sua assistente virtual Alexa, o aplicativo de videoconferências Zoom, o Duolingo e a rede social Snapchat.
A Amazon detectou o problema por volta das 4h11 (horário de Brasília) e relatou aumento nas taxas de erro e lentidão em vários serviços. Às 8h, a companhia publicou uma atualização na página de “Integridade de Serviço” afirmando que parte das plataformas já se recuperava, embora ainda houvesse instabilidades.
O site Downdetector, que monitora falhas em sites e aplicativos, continuava a registrar reclamações de usuários às 14h, sem confirmação se todos os relatos estavam ligados à pane da AWS.
Segundo a Amazon, o problema se concentrou na região US-EAST-1, que abriga o principal datacenter da empresa no norte da Virgínia, nos Estados Unidos. A companhia citou “taxas de erro significativas” no DynamoDB, sistema de banco de dados de alta performance usado em diversas aplicações, e confirmou que mais de 60 produtos foram afetados. Até as 10h40, 37 serviços já contavam como normalizados.
Os engenheiros da empresa seguem tentando entender a origem da falha e reduzir o impacto nos sistemas. A AWS possui datacenters em 37 localidades pelo mundo, incluindo um em São Paulo, o único no Brasil.
A pane representa a primeira grande interrupção global da internet desde o colapso da CrowdStrike, em julho de 2024, que paralisou sistemas de hospitais, bancos e aeroportos. À época, mais de 4 milhões de usuários relataram problemas no Downdetector. Especialistas afirmam que incidentes como esse se repetem porque empresas subestimam o risco de falhas em larga escala e deixam de implementar redundâncias e sistemas de backup adequados.