A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou mais de 300 vídeos no WhatsApp, mesmo após decisão judicial que o proibia de usar redes sociais próprias ou de terceiros.
A informação consta no relatório que resultou no indiciamento de Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no caso das sanções impostas pelos Estados Unidos. Durante a investigação, o celular do ex-presidente foi apreendido.
Segundo a PF, em 3 de agosto de 2025, data em que ocorreram manifestações pró-Bolsonaro, ele enviou a apoiadores vídeos sobre os atos e contra o ministro Alexandre de Moraes. A corporação afirma que a prática se assemelha à de “milícias digitais” e caracterizou tentativa de burlar decisões do Supremo Tribunal Federal.
A defesa de Bolsonaro declarou ter sido surpreendida pelo indiciamento e disse que vai prestar os esclarecimentos solicitados ao ministro Alexandre de Moraes.