A cantora e empresária Preta Gil faleceu no domingo (20), aos 50 anos, após mais de um ano lutando contra o câncer colorretal — também conhecido como câncer de intestino ou de cólon.
A artista descobriu a doença em janeiro de 2023 e estava nos Estados Unidos, onde realizava tratamento experimental. O tipo de tumor que atingiu Preta, um adenocarcinoma, é o mais comum entre os cânceres intestinais.
Mais letal
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro que mais mata no Brasil e o segundo mais frequente no sistema digestivo.
A estimativa é de que mais de 40 mil novos casos surjam anualmente no país. A doença costuma acometer pessoas acima dos 45 anos, com maior incidência entre 60 e 70 anos. No entanto, casos em faixas etárias mais jovens vêm aumentando.
Fatores de risco
Fatores de risco incluem alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, histórico familiar da doença e doenças inflamatórias intestinais, como Crohn e retocolite ulcerativa.
O câncer pode se desenvolver de forma silenciosa, o que torna os exames de rastreamento fundamentais — especialmente a colonoscopia, recomendada a partir dos 45 anos ou mais cedo para pessoas com histórico familiar.
Entre os sinais de alerta, estão alterações nos hábitos intestinais, presença de sangue nas fezes, dor abdominal, perda de peso inexplicada, fadiga persistente e sensação de evacuação incompleta.
A detecção precoce pode evitar cirurgias invasivas e aumentar significativamente as chances de cura. Por isso, médicos reforçam a importância de quebrar os tabus em torno dos exames preventivos.
Quando identificado em estágio inicial, o câncer colorretal pode ser tratado com cirurgia, e em alguns casos com quimioterapia e radioterapia.
A história de Preta Gil chama atenção para uma doença grave, que ainda enfrenta barreiras no acesso à prevenção e ao diagnóstico.