Com o verão em andamento nos Estados Unidos, o varejo já planeja o Natal, mas enfrenta incertezas provocadas pelas tarifas comerciais do presidente Donald Trump. A nova rodada de tarifas — que podem chegar a 145% sobre produtos chineses — impactou diretamente o setor de brinquedos e decoração, atrasando pedidos e encarecendo produtos.
Tradicionalmente, as empresas fecham suas encomendas de fim de ano até junho. Em 2025, porém, muitas tiveram que adiar decisões diante das mudanças frequentes nas tarifas impostas sobre importações da China, Brasil, União Europeia e outros parceiros.
A indústria de brinquedos, que depende da China para cerca de 80% dos produtos, atrasou a produção deste ano. O resultado: os brinquedos estão chegando mais tarde aos Estados Unidos e podem ser difíceis de repor a tempo do Natal, segundo James Zahn, da revista Toy Book.
Empresários do setor estimam que os preços subirão até 20%, afetando a variedade e o poder de compra do consumidor. O Porto de Los Angeles registrou em junho o mês mais movimentado de sua história, num esforço dos varejistas para antecipar importações antes da alta tarifária prevista para agosto.
“Teremos estoques mais baixos, menos opções e preços mais altos nas festas”, prevê Dean Smith, dono da rede JaZams.