A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem de 20 anos na terça-feira (14) em Goianápolis, após a mãe de uma criança de 8 anos denunciar as ações do suspeito. Ele mantinha conversas de conteúdo pornográfico com a menor por meio de um aplicativo de rede social.
A denúncia detalha que o homem enviou fotos e vídeos de suas partes íntimas para a menina. Ele também solicitava que a criança enviasse imagens semelhantes e insistia em marcar um encontro pessoalmente com o objetivo de ter relação sexual.
A Delegacia de Polícia de Goianápolis (3ª DRP) realizou a operação. Os policiais civis identificaram o perfil usado pelo autor com base nas informações recebidas e encontraram o suspeito em sua casa. A polícia efetuou a prisão em flagrante e apreendeu o celular que ele usava nos crimes para análise pericial.
O homem responde pelos crimes de divulgação de cena de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente e corrupção de menores. A autoridade policial também o autuou por estupro de vulnerável, Outros dispositivos legais podem agravar a pena. A investigação continua para aprofundar a análise do material apreendido e verificar se existem outras vítimas.
Como proteger as crianças
A Polícia Civil e especialistas em segurança digital fornecem orientações essenciais para que pais e responsáveis consigam proteger crianças e adolescentes do aliciamento e da exposição a conteúdos impróprios no ambiente online.
Supervisão e Limites de Uso: Primeiramente, pais e responsáveis devem saber quais aplicativos e jogos os filhos utilizam e monitorar o conteúdo consumido, verificando regularmente as conversas e o histórico de navegação. É crucial estabelecer horários e locais definidos para o uso de celulares e computadores, dando preferência a áreas comuns da casa, e nunca permitir o uso de dispositivos no quarto sem supervisão. Além disso, a família deve conhecer todas as contas que a criança possui nas redes sociais e definir senhas de acesso compartilhado.
Configurações de Privacidade e Segurança: Para dificultar o acesso de estranhos, os pais devem configurar o perfil da criança como privado, restringindo o contato apenas a pessoas conhecidas. A recomendação também é ativar as ferramentas de controle parental oferecidas pelos sistemas operacionais e aplicativos, pois elas permitem restringir o download de apps e o acesso a conteúdos impróprios. Os especialistas sugerem, ainda, desativar a função que permite que desconhecidos encontrem o perfil da criança através da lista de amigos dos contatos.
Diálogo e Orientação sobre Riscos: O diálogo aberto é a base da prevenção. A família precisa incentivar a criança a relatar qualquer assunto que a incomode na internet, sem temer punição. Os responsáveis devem explicar claramente que pessoas estranhas podem se passar por amigos ou por outras crianças, e orientá-la a jamais aceitar solicitações de amizade de desconhecidos. A regra fundamental é: a criança nunca deve enviar fotos ou vídeos íntimos a ninguém, pois, uma vez na internet, a imagem não volta.
Como Agir em Caso de Suspeita: Em um cenário de aliciamento ou recebimento de conteúdo impróprio, os pais nunca devem apagar as mensagens ou o perfil do agressor. A primeira ação é fazer capturas de tela (prints) das conversas, pois elas constituem prova fundamental. Em seguida, os responsáveis devem procurar a Delegacia de Polícia imediatamente e apresentar todas as evidências coletadas. Além das autoridades, canais como o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox) e outras linhas de apoio psicológico e jurídico podem oferecer suporte e orientações.