Um laudo pericial anexado a um processo judicial envolvendo a empresa Hickmann Serviços e o Banco Safra concluiu que assinaturas atribuídas à apresentadora Ana Hickmann em documentos bancários foram falsificadas. As informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles na coluna de Fábia Oliveira, que teve acesso ao conteúdo da perícia.
O caso está relacionado a uma ação de execução movida pelo Banco Safra, que cobra o pagamento de um empréstimo contratado em 2020. Segundo o banco, o valor original da operação foi de R$ 315 mil, dividido em 30 parcelas. A cobrança judicial teve como base uma cédula de crédito bancário supostamente assinada pela empresária.
De acordo com o jornal, a defesa de Ana Hickmann e da Hickmann Serviços contestou a autenticidade dos documentos ao apresentar embargos à execução em junho de 2024. No pedido, os advogados sustentaram que as assinaturas constantes na cédula de crédito não teriam sido feitas pela apresentadora, nem com sua autorização.
O laudo pericial foi elaborado por uma profissional nomeada pela Justiça, que realizou comparações técnicas entre as assinaturas presentes nos documentos questionados e outras rubricas reconhecidas como legítimas de Ana Hickmann. A análise considerou aspectos como ritmo, pressão, velocidade e traçado gráfico.
Ainda segundo o portal, a perita foi categórica ao apontar inconsistências suficientes para concluir que as assinaturas e rubricas analisadas não são autênticas. O documento técnico, no entanto, ainda não foi homologado judicialmente, o que significa que não produz efeitos definitivos no processo neste momento.
Diante do conteúdo do laudo e como medida de cautela, o juiz responsável pelo caso decidiu suspender temporariamente a ação de cobrança movida pelo Banco Safra. A decisão foi tomada enquanto a perícia segue em fase de análise formal nos autos.
Apesar de o laudo indicar um possível fortalecimento da tese apresentada pela defesa, especialistas ressaltam que o processo ainda está em andamento. A homologação da perícia, bem como eventuais manifestações das partes, serão determinantes para o desfecho da disputa judicial.
Até o momento, não há decisão final sobre a validade do contrato nem sobre a responsabilidade pelo empréstimo. O caso segue sob análise da Justiça, aguardando novos desdobramentos.







