O Pix é, sem dúvida, um dos meios de pagamento mais populares do Brasil, e atualmente os brasileiros utilizam mais pagamentos digitais do que dinheiro em espécie. Nesse cenário, surge o Drex, também chamado de Real Digital, desenvolvido e regulamentado pelo Banco Central do Brasil.
O lançamento do Drex está previsto para ocorrer ao longo de 2025, após anos de pesquisa e uma fase de testes iniciada em 2020. Entre as principais perguntas estão: o Drex vai substituir o dinheiro físico? Como vai ser usado no dia a dia? Ele vai funcionar junto com o Pix? Quais medidas de segurança vão estar disponíveis para proteger os usuários?
O que é o Drex?
O Drex é uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) que representa o real em formato eletrônico. Cada unidade de Drex terá o mesmo valor de um real e será emitida exclusivamente pelo Banco Central (no formato de atacado) e distribuída ao público por instituições financeiras autorizadas (no formato de varejo).
A plataforma utiliza a tecnologia de registro distribuído (DLT) — especificamente a Hyperledger Besu —, semelhante à blockchain, para garantir segurança, rastreabilidade e transparência nas transações.
Como será utilizado?
O Drex permitirá transações financeiras digitais seguras, como pagamentos, transferências e, principalmente, a execução de contratos inteligentes. Ele será integrado a sistemas existentes, como o Pix, e poderá ser utilizado em lojas físicas e virtuais, bem como para o pagamento de contas e serviços.
Além disso, seu grande diferencial será a possibilidade de tokenização de ativos e a automação de processos financeiros complexos, como empréstimos, investimentos e a compra e venda de imóveis.
Vai substituir o dinheiro físico?
Não. O Drex não substituirá o dinheiro em espécie. Ele funcionará como uma alternativa digital ao real, coexistindo com as cédulas e moedas físicas.
O Banco Central já esclareceu que a emissão de papel-moeda continuará a ser necessária para atender aos diversos hábitos e necessidades da população.
Privacidade e segurança
O Drex será regulamentado pelo Banco Central e operará estritamente dentro dos limites da legislação brasileira, incluindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a Lei do Sigilo Bancário.
Garantir a privacidade em uma rede DLT é um dos principais desafios do projeto, e as soluções tecnológicas estão sendo rigorosamente testadas para proteger as informações dos usuários. Não há evidências de que o Drex será utilizado para monitorar a população ou controlar as finanças pessoais.
Avanço
O Drex representa um avanço significativo na modernização do sistema financeiro brasileiro, oferecendo uma plataforma segura e eficiente para a nova geração de serviços financeiros digitais.
Com o lançamento previsto para 2025 ele promete facilitar transações complexas e baratear operações, sem substituir o dinheiro físico ou comprometer a privacidade dos usuários.