O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) garantiu que não sacrificará Leona, a leoa que atacou Gerson de Melo Machado, de 19 anos, após ele invadir seu recinto no último domingo (30). A equipe técnica do parque reforça que o animal demonstrou apenas uma reação instintiva diante da entrada de um intruso em seu espaço.
Leona nasceu na própria Bica em 2006, filha de Darah e Sadam. A leoa cresceu com seus pais e, após a morte deles, conviveu por alguns meses com um leão macho, Simba. Depois da morte de Simba, ela permaneceu sozinha no recinto.
O veterinário do parque, Thiago Nery, relatou que Leona estava deitada próxima ao vidro quando o invasor apareceu. Ao perceber o homem entrando, ela contornou a área de água e avançou em sua direção. Quando Gerson descia pela árvore e alcançou o alcance do felino, a leoa o puxou para o chão.
O veterinário informou que o animal ficou “estressado” e em “choque” após o ataque. A equipe técnica conteve a leoa, que respondeu aos comandos de treinamento, sem que profissionais precisassem usar armas ou tranquilizantes. O processo demorou devido ao estado de estresse do animal.
O parque mantém a leoa sob monitoramento contínuo, com a presença de veterinários, biólogos e zootecnistas, e deverá seguir acompanhando-a nas próximas semanas. A direção assegura que Leona está saudável e não apresenta comportamento agressivo fora do contexto do ataque.
A Prefeitura de João Pessoa lamentou o ocorrido e abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da invasão que o homem realizou ao escalar o muro de 6 metros e usar a árvore como apoio.








