A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária apreenderam mais de 8 mil sachês de nicotina, conhecidos como snus, em Goiânia. As autoridades estimam que a mercadoria, que não tem autorização da Anvisa para venda no Brasil, valha cerca de R$ 1,3 milhão.
Na última semana, a polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em empresas no Setor Central da capital. Segundo a delegada Débora Melo, as investigações começaram após a primeira apreensão do produto no país, que ocorreu no Mato Grosso do Sul.
“A Vigilância Sanitária do Mato Grosso do Sul fez a primeira apreensão, em janeiro, de duas mil unidades que estavam sendo vendidas pelos Correios. A partir daí, a gente identificou que havia um distribuidor em Goiânia”, explicou.
A delegada destacou que o ponto de distribuição fazia a divulgação e venda do snus pelas redes sociais, distribuindo o produto para comércios de todo o Brasil e vendendo-o para pessoas de todas as idades. Débora Melo disse que o snus, que provavelmente veio da Europa, não é um produto comum no Brasil, e a polícia ainda investiga como ele entrou no país.
Os vendedores anunciavam o snus como uma alternativa menos prejudicial ao fumo, mas a delegada ressaltou que essa informação é falsa. Um único sachê do produto pode equivaler a um maço de cigarros. Além de causar dependência química, o snus é extremamente nocivo à saúde e possui um alto índice cancerígeno, de acordo com especialistas. O produto era vendido em latas, que custavam em média R$ 160 e continham de 20 a 25 sachês.
A sócia de uma das empresas foi presa em flagrante pela venda de substâncias nocivas à saúde, mas pagou dois salários mínimos e foi liberada.