Um ataque em sequência realizado por Israel contra o Hospital Nasser, no sul da Faixa de Gaza, deixou ao menos 20 mortos nesta segunda-feira (25), segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Entre as vítimas estão cinco jornalistas que trabalhavam para veículos internacionais.
As agências Reuters e Associated Press (AP) confirmaram a morte de funcionários. Eles foram identificados como:
- Hussam al-Marsi, repórter da Reuters;
- Mariam Dagga, videojornalista e colaboradora da Associated Press;
- Mohammad Salama, fotógrafo da TV Al Jazeera;
- Moaz Abu Taha, colaborador da NBC;
- Ahmed Abu Aziz, ligado a veículos árabes.

A Reuters informou ainda que o fotógrafo Hatem Khaled ficou ferido. Uma transmissão ao vivo da agência, feita do alto do hospital, foi interrompida no momento da primeira explosão.
O Exército israelense confirmou o bombardeio, disse não ter jornalistas como alvo e anunciou a abertura de uma investigação. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em coletiva na Casa Branca que “não está feliz” com o episódio.
O ataque ocorreu em duas etapas, de acordo com testemunhas: o primeiro míssil atingiu o hospital, e o segundo ocorreu minutos depois, quando equipes de resgate e jornalistas atendiam feridos. O hospital Nasser é o único ainda em funcionamento em Khan Younis e o maior do sul de Gaza.
A Defesa Civil de Gaza afirmou que essa foi a 26ª vez que equipes de socorro foram atacadas durante operações de resgate.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, mais de 240 jornalistas já foram mortos em Gaza desde o início dos ataques, em outubro de 2023. O genocídio já deixou mais de 63 mil mortos no território, segundo o Ministério da Saúde palestino, número confirmado pela ONU.
A Associação de Jornalistas Internacionais condenou o ataque.