A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (29) a oitava fase da Operação Sisamnes, que apura um suposto esquema de corrupção judiciária e lavagem de dinheiro envolvendo um magistrado vinculado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). Segundo informações da corporação, o juiz — cujo nome ainda não foi divulgado — é suspeito de vender decisões judiciais em troca de pagamento de propina, o que teria resultado em movimentações financeiras milionárias.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o afastamento imediato do magistrado de suas funções, a proibição de deixar o país e o recolhimento do passaporte. Além disso, foi determinado o bloqueio de bens e valores estimados em R$ 30 milhões, com o objetivo de impedir que os recursos, possivelmente de origem ilícita, se dispersem
Três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no estado de Mato Grosso. As investigações indicam que os pagamentos eram disfarçados por meio de mecanismos de lavagem de dinheiro, dificultando a identificação da origem dos valores.
A nova fase da Operação Sisamnes — nome que faz referência a um juiz da Antiguidade que foi punido por corrupção — busca aprofundar a coleta de provas sobre o esquema. O objetivo é entender o alcance das decisões judiciais supostamente negociadas e identificar outros possíveis envolvidos.