O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (1º) que o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol deve crescer nos próximos dias. Segundo ele, o reforço das medidas de vigilância aumenta a atenção dos profissionais de saúde e acelera as notificações.
Até a noite de terça-feira (30), o Ministério da Saúde registrou 26 casos suspeitos. Além de São Paulo, Pernambuco notificou três casos nesta manhã. Padilha destacou que a situação pode atingir o país inteiro e reforçou a necessidade de vigilância em todo o sistema de saúde.
O Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi Clubes) recomendou a suspensão da venda de bebidas destiladas. A entidade afirmou que a medida busca proteger os consumidores e preservar a reputação dos clubes. Palmeiras, São Paulo, Pinheiros, Sírio, Hebraica, Alto de Pinheiros, Paineiras do Morumby e Atlético Ypiranga já aderiram.
O governo paulista confirmou cinco mortes relacionadas ao consumo de álcool adulterado. Uma ocorreu por ingestão comprovada de bebida com metanol; outras quatro seguem em investigação. Em Pernambuco, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) apura três casos. Dois homens morreram e outro perdeu a visão em Caruaru. Eles eram de Lajedo e João Alfredo.
A intoxicação por metanol é grave e pode ser fatal. O organismo transforma a substância em formaldeído e ácido fórmico, que causam danos severos. Os sintomas incluem visão turva, perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese.
O Ministério da Saúde recomenda procurar atendimento de urgência em caso de sinais de intoxicação. A população deve acionar o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001), os CIATox regionais ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (0800-771-3733). A orientação também vale para pessoas que tenham consumido a mesma bebida. A demora no atendimento aumenta o risco de morte.
