O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, passa a contar com o Serviço de Geriatria, criado para oferecer cuidado integral a pacientes com 60 anos ou mais. A implantação acontece nesta quarta-feira (1º/10) e amplia a rede de atendimento especializado da unidade, que já reúne 27 outras especialidades médicas.
O novo serviço chega em um cenário de envelhecimento populacional que se reflete no perfil do hospital. Atualmente, 37,47% dos atendimentos ambulatoriais e 33,10% das internações do HGG são de pessoas idosas. A proposta, segundo os gestores, é oferecer acompanhamento diferenciado durante internações, avaliações pré e pós-operatórias, além de consultas voltadas para síndromes geriátricas relacionadas a cognição, humor, quedas e demências.
Além da assistência direta, o HGG estruturou um núcleo de pesquisa sobre envelhecimento e vai abrir residência médica em geriatria. A previsão é de que, a partir de 2026, sejam ofertadas três vagas para formação nessa especialidade. O serviço será coordenado pela médica Ana Terra, que destaca o impacto do novo modelo de atendimento. Segundo ela, o objetivo é que a unidade se torne referência nacional em cuidado inovador e humanizado para a população idosa.
Entre os resultados esperados estão a redução de reinternações, prevenção de complicações, melhora dos indicadores de qualidade e diminuição de custos. O hospital já conta com o Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo (NAPP), que tem a maior parte da equipe formada por geriatras.
Todos os atendimentos continuam a ser realizados via regulação da Secretaria da Saúde de Goiás. A expectativa é de que a ampliação da geriatria ajude a responder a um desafio crescente: até 2030, estima-se que 20% da população de Goiânia será composta por idosos, dos quais a maioria conviverá com múltiplas doenças crônicas e demandará acompanhamento contínuo.