O Campeonato Mundial de Natação Paralímpica, em Singapura, termina neste sábado (27). O Brasil ocupa a sexta posição no quadro de medalhas, mas ainda pode encerrar a competição entre os cinco primeiros, como nas duas últimas edições.
A delegação brasileira soma 36 medalhas: 12 ouros, 15 pratas e nove bronzes, número inferior apenas a Ucrânia (44) e Itália (40). O ranking é liderado pela China, com 16 ouros, seguida por Itália (15), Ucrânia (14 ouros e 14 pratas), Estados Unidos (14 ouros e seis pratas) e Reino Unido (13).
A Rússia, suspensa pelo Comitê Paralímpico Internacional devido à guerra na Ucrânia, compete como “Atletas Paralímpicos Neutros” e conquistou 51 medalhas, sendo 18 de ouro, mas não aparece no quadro oficial, onde estaria na liderança.
O último dia terá 11 brasileiros em nove provas. As finais começam às 6h59 (horário de Brasília), com os 400 m livre da classe S11 (cego total), que podem contar com Matheus Rheine, bronze na Rio 2016, caso avance na eliminatória. A única presença já confirmada é de Mayara Petzold, nos 50 m borboleta da classe S6. Em Paris 2024, ela conquistou o bronze.
O Brasil teve campanhas históricas recentes. Em 2022, na Ilha da Madeira (Portugal), somou 53 medalhas, sendo 19 de ouro, ficando em terceiro lugar. Em 2023, com a volta da China, terminou em quarto, com 46 pódios e 16 ouros.
Nesta sexta (26), a equipe quase não falhou: 11 dos 12 finalistas conquistaram medalhas, somando cinco pódios — três individuais (dois ouros e uma prata) e dois em revezamentos (ambos pratas). Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, conquistou seu terceiro ouro em Singapura, nos 50 m costas S2. Mariana Gesteira venceu os 100 m costas S9.
“É um trabalho coletivo, que vem dando certo”, disse Gabrielzinho, destacando a rotina em Juiz de Fora (MG) ao lado do treinador Fábio Antunes. Mariana também celebrou: “Acordei sentindo que era o meu dia. Graças a Deus, foi”.
José Ronaldo levou a prata nos 50 m costas S1. O Brasil também ficou com a prata nos revezamentos 4×100 m medley S14 (Arthur Xavier, Ana Karolina Soares, Beatriz Flausino e Gabriel Bandeira) e 4×100 m livre para atletas cegos e com baixa visão (Carol Santiago, Lucilene Sousa, Douglas Matera e Matheus Rheine).