A confusão generalizada que se seguiu ao combate entre Wanderlei Silva e Acelino “Popó” Freitas no último sábado (27) deve ter desdobramentos na esfera criminal. O advogado do ex-lutador de MMA, Claudio Dalledone, comunicou no domingo (28) que ingressará com uma ação penal contra Popó e os membros de sua equipe envolvidos no episódio.
Segundo Dalledone, o que ocorreu após a desclassificação de Wanderlei não pode ser tratado como um incidente esportivo, mas sim como um crime. A defesa alega que, com o fim do combate, integrantes do time de Popó subiram ao ringue para atacar Wanderlei, que já estava em condição vulnerável e sem possibilidade de se defender. “O que aconteceu ali foi crime, e está tudo registrado em vídeo”, afirmou o advogado.
A equipe jurídica de Wanderlei, de 50 anos, argumenta que as agressões foram premeditadas e de extrema gravidade. Um dos elementos que sustentam essa tese é um áudio atribuído a Popó, no qual ele teria dito ao lutador Fabrício Werdum que “todos iriam apanhar”. Com base nisso e na violência dos atos, a defesa estuda enquadrar o caso não apenas como lesão corporal, mas também como tentativa de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
O advogado também esclareceu a reação de membros da equipe de Wanderlei — seu filho Toro, de 19 anos, o treinador Dida e o lutador Fabrício Werdum. Dalledone sustenta que os três agiram em legítima defesa, com o único intuito de proteger o ex-atleta das agressões que sofria. Provas e depoimentos estão sendo coletados para fundamentar o processo.