Uma suposta ameaça envolvendo arma de fogo dentro da Câmara Municipal de Goiânia mobilizou a Polícia Militar na manhã de segunda-feira (5). O caso aconteceu após o vereador Sargento Novandir (MDB) acionar a PM, alegando que seu chefe de gabinete teria sido ameaçado pelo procurador-geral da Câmara, Kowalski Ribeiro, após uma discussão por uma vaga de estacionamento.
O desentendimento teve início quando o assessor estacionou, por alguns minutos, em uma vaga exclusiva do procurador-geral. Irritado com a situação, Kowalski teria discutido com o servidor e, no auge da confusão, sacado uma arma de fogo e a apontado em direção ao funcionário.
O episódio acionou a segurança interna da Câmara e gerou a presença de uma equipe da Polícia Militar. O procurador-geral, que também é advogado, solicitou acompanhamento da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) durante o registro da ocorrência. O caso foi formalizado como Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e encaminhado à Central de Flagrantes.
A Câmara Municipal de Goiânia publicou nota, confira:
“NOTA À IMPRENSA
A Câmara Municipal de Goiânia está colaborando, junto às autoridades competentes, para o inteiro esclarecimentos dos fatos em apuração.
Goiânia, 5 de maio de 2025”
Desde maio de 2022, está em vigor uma lei que proíbe o porte e a posse de armas dentro das dependências da Câmara Municipal. O texto estabelece punições administrativas para servidores públicos, como advertência, suspensão e até demissão. Para parlamentares, a infração pode resultar na perda do mandato.
Em nota, a OAB-GO destacou que o acompanhamento ao procurador teve como objetivo garantir as prerrogativas profissionais da advocacia, e que apura possíveis infrações com base no devido processo legal. A instituição ressaltou que não comenta casos individuais envolvendo advogados.
O caso segue sob investigação.