Na madrugada de quarta-feira (30), horário local, um terremoto de magnitude 8,8 atingiu o leste da Rússia provocando tsunamis e uma série de alertas em diferentes países banhados pelo Oceano Pacífico.
A atividade sísmica foi registrada a 119 km ao sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade de 165 mil habitantes localizada na península de Kamchatka, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor foi considerado raso, com profundidade de 19,3 km.
Um dos mais fortes da última década
Para se ter noção, esse terremoto está na lista dos mais intensos já registrados no planeta desde Tōhoku – que originou o tsunami que destruiu a usina de Fukushima no Japão em 2011.
Ondas de até cinco metros atingiram Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas, causando alagamentos em portos, destruição de fachadas de edifícios e ferimentos em moradores.
Ainda que sem mortes confirmadas, o impacto do fenômeno obrigou o fechamento de estruturas e a suspensão do uso de gás residencial por segurança.
Pessoas já se abrigam em prédios altos no Japão
A situação também repercutiu no Japão, onde alarmes de tsunami acionaram evacuações em áreas costeiras, incluindo a usina de Fukushima. Três ondas foram registradas, sendo a maior de 1,3 metro. Imagens da TV estatal NHK mostraram civis se abrigando no alto de prédios em Hokkaido.
Nos Estados Unidos, o Havaí entrou em estado de alerta e a Guarda Costeira orientou a retirada de embarcações dos portos. A Indonésia e países da América Latina, como México, Equador, Peru, Chile e Guatemala, também emitiram comunicados preventivos sobre a chegada de ondas anômalas. No Equador, o alerta inclui as Ilhas Galápagos. O Chile prevê ondas de até 3 metros.
Apesar da magnitude elevada, especialistas indicaram que a intensidade foi reduzida por características específicas do epicentro. Ondas secundárias seguem sendo monitoradas e não há previsão de novos tremores significativos nas próximas horas.