Você, leitor, pode até não gostar, mas a série Assassin’s Creed consolidou um modelo de sucesso para jogos de mundo aberto: cenários históricos, exploração livre, parkour, furtividade e narrativas que se revelam missão após missão.
E, felizmente, ao longo da última década, outros estúdios passaram a reinterpretar essa fórmula e apresentar caminhos alternativos que agregaram ampliando o gênero. Entre os exemplos mais marcantes estão Ghost of Tsushima, Middle-earth: Shadow of Mordor, Horizon Zero Dawn (e sua sequência Forbidden West) e Red Dead Redemption 2.
Lançado em 2020, Ghost of Tsushima conquistou destaque ao unir combate com katana, opções de stealth e uma estética inspirada no cinema samurai. O título ultrapassou 13 milhões de cópias vendidas até 2022, além de acumular críticas positivas.
Já Shadow of Mordor introduziu em 2014 o Nemesis System, tecnologia que cria inimigos com memória e rivalidades personalizadas. A inovação influenciou profundamente o design de jogos, sendo considerada um dos principais marcos do gênero.
Com ambientação futurista, a franquia Horizon explora ecossistemas habitados por máquinas colossais. Zero Dawn se tornou um dos maiores sucessos do PlayStation, e Forbidden West expandiu ainda mais a escala, consolidando a série como referência em vendas e recepção crítica.
Por fim, Red Dead Redemption 2, lançado pela Rockstar, é exemplo de narrativa cinematográfica e detalhamento minucioso. O título ultrapassou dezenas de milhões de cópias, faturando centenas de milhões já no fim de semana de estreia.
Esses jogos apontam três caminhos distintos: aprofundamento histórico (Ghost of Tsushima), sistemas emergentes (Shadow of Mordor) e narrativas expansivas em grandes ecologias (Horizon e Red Dead).
Em comum, as franquias terminam reforçando a ideia de que o sucesso dos mundos abertos depende da integração entre liberdade de exploração e roteiros envolventes, algo que foi apontado como ponto fraco em alguns games recentes da franquia dos homens e mulheres de lâmina oculta, que pode ser considerada um ponto de partida para o gênero.