Protestos simultâneos tomaram conta das ruas brasileiras neste domingo (21), com manifestações em ao menos 33 cidades, incluindo todas as capitais. Os atos foram marcados por críticas à chamada PEC da Blindagem — proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que prevê a necessidade de autorização do Congresso para abertura de processos criminais contra parlamentares — e ao projeto de anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
Em Brasília, a marcha ocupou todas as faixas do Eixo Monumental até o Congresso Nacional, reunindo milhares de pessoas sob o lema “Congresso Inimigo do Povo”. A mobilização teve apresentações culturais e terminou com show de Chico César. Em Salvador, a concentração na Barra contou com shows de Daniela Mercury e Wagner Moura, que exaltaram a importância da democracia. Recife levou às ruas blocos de frevo e maracatus, enquanto Belo Horizonte teve ato na Praça Raul Soares com apresentação da cantora Fernanda Takai.
No Rio de Janeiro, 41,8 mil pessoas, segundo estimativas do Monitor do Debate Político no Meio Digital (USP), ocuparam a Praia de Copacabana. O público acompanhou shows de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola e Djavan. Já em São Paulo, a Avenida Paulista reuniu 42,4 mil manifestantes.
As falas de participantes giraram em torno da rejeição à anistia de condenados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, já sentenciado a mais de 27 anos de prisão. Entre os presentes estavam estudantes, trabalhadores, aposentados, lideranças indígenas e movimentos sociais, como MST e MTST.
Goiânia
Em Goiânia, os protestos foram organizados pelo Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania, com caminhada entre a Praça Universitária e a Praça Cívica. Faixas e cartazes citavam nomes de parlamentares como Silvyê Alves (por enquanto União Brasil), professor Alcides (PL) e Gustavo Gayer (PL), que votaram a favor das medidas.
Os organizadores destacaram que a mobilização expressa o descontentamento da sociedade com iniciativas consideradas de retrocesso democrático e de favorecimento à impunidade.

 
                             
                             
                             
                             
                     
                     
                     
                    


 
        




