Virgínia Fonseca foi o assunto da semana que terminou. Ela foi à CPI das BETs e bagunçou a cabeça de muita gente. Deixou claro o poder da comunicação, com sei jeito despojado de vestir, sua meiguice angelical, sua juventude contagiante para selfs e tietagem.
No fim, Virgínia reduziu quem estava lá para emparedá-la a pó de areia no deserto. Foi terra arrasada.
Mas o que mostrou mesmo sua habilidade foi a retórica. A lógica matadora: uai, tô sendo investigada por fazer propaganda de algo que vocês legalizaram?
Ou isso: Vocês autorizam os jogos e eu sou a culpada e sem moral?
O Congresso tem poder de fazer leis e poder de distribuir emendas por Pix. E poder para fazer CPIs. E o que faz?
Virgínia não jogou com a sorte. Jogou com a política. Fez política na melhor acepção do termo. Ou pior, como queiram. Ela manipulou a banca. Quase quebrou a banca.
Ganhou e levou mais atenção, mais admiração, mais poder de negociação para vender-se como vendedora de elite. Tá liberada pra comprar mais e mais caro dos clientes.
Ouvi de um motorista de Uber um raciocínio elementar: se eles autorizaram o jogo, por que negar a ela o direito de empreender, e do povo ser bobo?
A vida está resumida a isso e nessa direção Virginia dá aula. Ela tem razão e ganha a eleição contra os políticos que tentam, e tentam muito, mas não chegam nem perto da sua capacidade de persuasão.
Virgínia é exemplo. Não a ser seguido por aqueles que prezam princípios, moral ou virtudes humanas e espirituais.
Ela é exemplo de quem sabe que perder, neste mundo atual, não é opção. E daí que os fins não justificam os meios? Se a conta no banco está robusta, a guerra está vencida. E f… o resto.
Nestes tempos caóticos, Deus não é mais o caminho da salvação. Os dividendos – financeiros, políticos, influencers… -, sim. Tenham fé. E sigam a líder!