O Frigorífico Goiás, localizado no Jardim Goiás — em Goiânia — recebeu o prazo de 48 horas para retirar um cartaz de sua fachada com a frase “Petista aqui não é bem-vindo”, conforme decisão liminar da Justiça de Goiás. A retirada do cartaz já foi cumprida, e atende a um pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que argumenta que a mensagem configura discriminação por convicção política e viola o código de defesa do consumidor.
A ação judicial foi iniciada após uma denúncia do deputado estadual Mauro Rubem (PT). Além da remoção do cartaz físico, a ordem judicial exige a exclusão de publicações semelhantes das redes sociais da empresa. Em caso de descumprimento, foi estipulada uma multa diária de R$ 1 mil, com um teto de R$ 100 mil, sem descartar a possibilidade de responsabilização criminal.
O processo movido pelo MP-GO também busca uma condenação definitiva da empresa ao pagamento de uma indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos e a publicação de uma retratação em um jornal de grande circulação no estado.
Em resposta à polêmica, o CEO do frigorífico, Leandro Batista, publicou um vídeo afirmando que, embora petistas “não sejam bem-vindos”, a entrada não está “proibida”. Na mesma gravação, ele atacou o deputado Mauro Rubem, autor da denúncia, com ofensas.
Este não é o primeiro episódio em que o estabelecimento se envolve em controvérsias político-eleitorais. Em 2022, durante a campanha presidencial, o frigorífico foi obrigado pela Justiça a suspender a venda da “picanha mito”, comercializada a R$ 22 em alusão ao então candidato Jair Bolsonaro.
Confira abaixo a retirada e o novo cartaz colocado no lugar