O STF retoma nesta quarta-feira o julgamento da Ação Penal 2668, que diz respeito ao Núcleo Crucial da chamada trama golpista. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação e o placar está em 2×0.
A expectativa dos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro é de que o Ministro Luiz Fux seja o magistrado que votará pela absolvição ou por uma dosimetria menor da pena dos envolvidos na trama golpista.
Divergência
Ontem (08), enquanto Moraes lia seu voto, Dino pediu a palavra para fazer dois comentários. Acontece que a intervenção não foi bem recebida por Fux, que relembrou um acerto feito previamente em uma reunião reservada entre os ministros. Segundo ele, havia um combinado com Cristiano Zanin para que os votos fossem apresentados de forma direta, sem interrupções ou apartes entre os colegas.
“Conforme nós combinamos naquela sala, aqui do lado, os ministros votariam direto sem intervenções de outros colegas”.
Dino reagiu afirmando que faria intervenções durante o voto de Fux. “Eu tranquilizo, ministro Fux, que eu não pedirei de Vossa Excelência. Pode dormir em paz”, disse o magistrado, em tom de resposta.
O breve diálogo, embora marcado por ironia, expôs publicamente o clima de divergência e a pressão existente no julgamento. A divergência, que aconteceu em cerca de 5 minutos de sessão, fez com que bolsonaristas comemorassem.
🚨 UM SINAL DE ESPERANÇA!
— Sóstenes Cavalcante (@DepSostenes) September 9, 2025
Em menos de 5 minutos de julgamento, o ministro Luiz Fux abriu a primeira divergência com Alexandre de Moraes.
Fux deixou claro: não aceitará pular etapas e exigiu respeito ao rito processual correto.
Isso significa que ainda há vozes dentro do STF…