A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal (PF) a abertura de investigação para apurar a circulação de fake news contra o Banco do Brasil (BB). Segundo o órgão, publicações nas redes sociais têm incentivado correntistas a retirarem seus recursos da instituição financeira devido à aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras.
No documento encaminhado à PF, a AGU destaca que as postagens configuram uma tentativa de “gerar caos no Sistema Financeiro Nacional”. De acordo com a petição, houve uma ação coordenada de disparo em massa com o objetivo de alarmar a população sobre um suposto colapso financeiro.
Entre os conteúdos citados pela AGU, estão publicações dos deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, segundo o órgão, estimularam a retirada de valores do banco. A AGU defende que os casos sejam investigados no âmbito criminal.
O que é a Lei Magnitsky
No mês passado, os Estados Unidos anunciaram sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, utilizando a chamada Lei Magnitsky. A legislação norte-americana prevê restrições econômicas a pessoas ou instituições consideradas violadoras de direitos humanos.
Entre as penalidades estão bloqueio de ativos no exterior, proibição de negócios com empresas norte-americanas e restrição de entrada nos EUA.
Posição do Banco do Brasil
O Banco do Brasil informou, na última sexta-feira (22), que adotará medidas judiciais contra os ataques recebidos em redes sociais. A instituição ressaltou que as notícias falsas não têm fundamento e reforçou a segurança das operações financeiras.
Até o momento, a Agência Brasil informou que tentou contato com os parlamentares citados, mas não obteve retorno.
*Com Agência Brasil