Se você, leitor ou leitora, já viajou de avião quando o sol se pôs (ou ainda não deu as caras), deve ter percebido que, normalmente, as luzes internas da cabine são reduzidas ou completamente apagadas nos momentos de decolagem e pouso. Embora essa prática passe despercebida por muitos passageiros, ela não é por acaso — assim como muitas outras na aviação.
Não é nada menos do que um procedimento de segurança amplamente adotado por companhias aéreas ao redor do mundo, com respaldo de autoridades internacionais de aviação, como a FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) e a EASA (Agência Europeia para a Segurança da Aviação).
Objetivo
Imagine só se algo dá errado e todo mundo precisa ser evacuado do avião? Se as luzes estão acesas e, numa emergência, elas apagam de uma vez, até os olhos se acostumarem com a falta de luz, certamente alguns segundos preciosos serão perdidos para que os passageiros consigam se orientar e sair do avião. Assim, apagar as luzes faz com que os olhos, já adaptados à escuridão, consigam identificar com mais agilidade as saídas de emergência, sinais luminosos e instruções visuais.
Outro detalhe simples
Da próxima vez que for viajar, trate de manter a “persiana” da janela aberta nesses momentos. Isso é também uma maneira de reduzir riscos de segurança para o voo, pois, com a visão externa desobstruída, é possível avaliar rapidamente o cenário fora da aeronave e reagir com mais eficiência, caso seja necessário.
Economia
Mesmo que haja um efeito de economia de energia elétrica com o desligamento das luzes, esse não é o foco da medida. A prioridade é a segurança. Assim como os cintos de segurança, o fechamento de bagagens nos compartimentos ou as instruções de segurança, o ajuste da iluminação faz parte de um conjunto de ações preventivas projetadas para reduzir riscos.
Na próxima vez que embarcar, repare nesse pequeno detalhe. Ele reforça como, na aviação, até gestos simples fazem parte de uma estratégia maior para proteger vidas.