Caiado acusa Lula de chefiar um “narcoestado”

Caiado acusa Lula de ligação com crime organizado após visita a ONG alvo de investigação; governo nega irregularidades.

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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), subiu o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao portal Metrópoles, Caiado afirmou que Lula é o “representante de um narcoestado”. Segundo ele, o presidente se comporta como “réu confesso” por, supostamente, se associar ao crime organizado.

A fala veio após a visita de Lula, no fim de junho, à Favela do Moinho, em São Paulo. O presidente esteve no local ao lado da primeira-dama, Janja da Silva, para se reunir com representantes de uma ONG. Uma investigação da Polícia Civil aponta que a sede da entidade já foi usada para armazenar drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC). A presidente da ONG é irmã de Leonardo Monteiro, o “Leão do Moinho”, ex-chefe do tráfico na comunidade.

Para Caiado, o episódio prova que Lula “nunca defendeu os pobres”. Em vez disso, segundo ele, o presidente atua “em favor do bem-estar dos narcotraficantes”.

Governo nega irregularidades

Diante da repercussão, a Secretaria-Geral da Presidência divulgou nota oficial. O ministro Márcio Macêdo afirmou que a reunião com lideranças comunitárias teve como único objetivo discutir moradia para as 900 famílias que vivem na favela.

O terreno, segundo o governo federal, pertence à União. O plano é usar o espaço para reassentar os moradores, após tentativas de desapropriação feitas pelo governo paulista, sob gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Apesar disso, Caiado seguiu com os ataques. Acusou Lula de “assaltar aposentados” e de se “vender aos grandes lobbies”. Também declarou que “não há Estado Democrático de Direito onde o crime manda”.

Pré-campanha com foco na segurança

A segurança pública é o principal pilar da pré-campanha de Caiado à Presidência em 2026. Ele já havia sugerido uma suposta conivência entre o Planalto e facções criminosas durante as discussões da PEC da Segurança Pública.

O texto, apresentado em abril, previa ampliar o controle da União sobre o setor. Para Caiado, isso enfraqueceria os estados e abriria espaço para o crime organizado. “A centralização é o maior presente que se pode dar às facções”, disse ele em audiência na Câmara.

Após pressão de governadores, o relator Mendonça Filho (UB-PE) recuou. Retirou do texto o trecho que previa exclusividade da União para legislar sobre o tema.

No domingo (6), Caiado voltou à carga. Acusou Lula de adotar posturas “ditatoriais” e de promover um “verdadeiro golpe de Estado” ao criticar o Congresso após a derrubada de decretos sobre o IOF.

Crítica à resposta de Lula a Trump

Após o governo brasileiro se posicionar contra qualquer interferência na soberania do país. Caiado publicou uma nota em suas redes sociais criticando essa postura.

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