O ministro Flávio Dino foi eleito nesta terça-feira (23) para a presidência da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele assume o cargo em 1º de outubro, em substituição a Cristiano Zanin, e ficará no posto por um ano, conforme o regimento interno da Corte, que estabelece rodízio entre os integrantes do colegiado.
A Primeira Turma é formada também pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Como presidente, Dino terá a responsabilidade de definir a pauta dos julgamentos relacionados às ações penais da trama golpista durante o governo de Jair Bolsonaro.
Até agora, apenas o núcleo 1, composto pelo ex-presidente Bolsonaro e outros sete acusados, recebeu condenações. Os núcleos 2, 3, 4 e 5 ainda serão analisados pelo Supremo até o fim do ano.
Trajetória política e jurídica
Formado em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Dino construiu carreira no Judiciário como juiz federal. Atuou como presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e comandou a Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2006, ingressou na política e conquistou mandato de deputado federal pelo Maranhão. Foi presidente da Embratur entre 2011 e 2014 e, no mesmo ano, venceu a eleição para o governo do estado, sendo reeleito em 2018.
Em 2022, Dino foi eleito senador, mas deixou o cargo no ano seguinte para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Em fevereiro de 2024, tornou-se ministro do STF, indicado pelo presidente Lula para a vaga de Rosa Weber.