O ministro Alexandre de Moraes, do STF, barrou nesta terça-feira (1º) a participação de Eduardo e Carlos Bolsonaro como testemunhas na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado, supostamente articulada no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro, havia convocado os dois como testemunhas. Moraes, no entanto, destacou que Eduardo já é alvo de investigação por tentar influenciar autoridades dos Estados Unidos contra o STF. Já Carlos enfrenta indiciamento no caso da “Abin Paralela”, que envolve espionagem ilegal.
“As investigações têm conexão direta, e os dois são filhos de um dos réus da ação penal. Por isso, não podem atuar como testemunhas”, escreveu Moraes na decisão.
O STF agendou os depoimentos de acusação e defesa dos envolvidos no núcleo 2 do processo para os dias 14 a 21 de julho. Por estarem na condição de testemunhas, as pessoas arroladas não poderão mentir sobre os fatos que presenciaram.