O boxe japonês enfrenta um momento difícil com a morte de Hiromasa Urakawa, de 28 anos, ocorrida na noite do último sábado (9), devido a uma lesão cerebral sofrida durante uma luta no dia 2 de agosto, em Tóquio. A confirmação do falecimento veio da Organização Mundial de Boxe (WBO) e da Associação Mundial de Boxe (WBA).
O pugilista, que lutava na categoria peso-leve, estava nas preliminares de um evento que tinha como luta principal a disputa do cinturão super-pena da Federação de Boxe Oriental e do Pacífico (OPBF), entre Shigetoshi Kotari e Yamato Hata. No oitavo round, foi nocauteado por Yojji Saito, marcando sua terceira derrota em quatro combates recentes.
Após o nocaute, o pugilista desmaiou no vestiário e foi levado imediatamente a um hospital em Tóquio. O diagnóstico revelou um hematoma subdural agudo — o mesmo tipo de lesão que causou a morte de Kotari, apenas um dia antes. Urakawa passou por uma cirurgia para remoção de parte do osso craniano, mas não resistiu e permaneceu em coma até o óbito.
Vale lembrar que, em 2023, o Japão já tinha sofrido outra tragédia no boxe, com a morte de Kazuki Anaguchi e Kanamu Sakama, ocorridas na mesma noite. Mais recentemente, o lutador Gin Shigeoka foi internado com traumatismo craniano severo.
Em resposta às recentes fatalidades, a Comissão de Boxe do Japão decidiu reduzir o número de rounds nas lutas de cinturão, passando de 12 para 10. No entanto, essa mudança não teria evitado a morte de Urakawa, já que sua luta tinha apenas oito rounds previstos.
Esses episódios consecutivos reacendem o debate sobre as condições de segurança no boxe japonês, especialmente em relação a protocolos médicos, intervalos entre lutas e a necessidade de novas regras para proteger os atletas.