O prefeito Sandro Mabel acelerou no início de sua gestão em Goiânia.
Fez isso pra mostrar disposição, serviço, deixar claro o seu comprometimento com a administração da Capital.
Muitos gostaram, muitos criticaram, ninguém ficou indiferente.
O ritmo de roqueiro agitado no palco, que põe todo mundo pra correr na pista, porém, carrega armadilhas. Uma delas, apresentar um espetáculo por dia, em ritmo cada vez mais acelerado.
Menos que isso resulta em mais cobrança do cidadão: por que parou? Eis a dinâmica estabelecida.
O que o goianiense indicou querer e esperar de Mabel na campanha e nas urnas é algo mais simples: resultado.
Simples de ser entendido – tá no seu novo slogan -, difícil de ser executado. Poder público não é poder particular.
Goiânia ansiava e anseia por resultados que possam ser sentidos todo dia, e na rua, em casa, no carro. Não exatamente nas redes ou na correria.
Veja que o barulho feito em torno do saneamento da Comurg segue hoje como barulho do que prática. E isso porque a pressa em dar solução ao caso foi ditada por ele.
E agora, o que não se resolveu ainda, virou CEI (Comissão Especial de Investigação) na Câmara. Ou seja: virou guerra entre prefeito e vereadores. Guerra sem paz, pouco importa quem tem razão. Guerra sem solução à vista para as pessoas.
A grande e esperada ação para retirar das ruas os cidadãos que ali fazem morada, mereceu vídeo no Instagram, mas não foi resolvida. Ainda.
De novo: a pressa anunciada foi dele. O fato: os moradores de rua estão hoje espalhadas pelas ruas.
Até quando, Senhor? E a acolhida? E a solução definitiva?
Não estão claras as prioridades da gestão. O planejamento. A letra, a melodia e o cantor parecem andar em descompasso.
A não ser os adversários, ninguém torce contra Mabel. Os que torcemos a favor, que queremos Goiânia no rumo certo, esperamos mesmo é que o espetáculo seja de soluções. Ver no palco das ruas e redes um Mabel roqueiro, mas também sertanejo romântico.
O seu tom já mudou. O seu ritmo já serenou. Alguns resultados já podem ser vistos. Mas ele ainda corre mais que a bola. Bola-fora não é gol pra se comemorar com dancinha e tudo.
(Lembrei aqui. E a Cidade da Música?)