O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, apresentou na segunda-feira (26), em Brasília, um pacote com mais de 50 projetos de obras estruturais ao ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. As propostas totalizam aproximadamente R$ 2 bilhões em investimentos voltados a áreas como habitação, drenagem urbana, pavimentação e canalização do Córrego Botafogo.
A audiência ocorreu na sede do ministério e contou com a presença de secretários municipais responsáveis pelas pastas de Infraestrutura, Habitação, Articulação Institucional e Captação de Recursos. Durante a reunião, Mabel afirmou estar confiante na liberação de recursos por parte do governo federal, apesar das restrições orçamentárias enfrentadas pela União.
Habitação
Entre os projetos apresentados, o destaque é o plano habitacional que prevê a construção de 15 mil casas até o fim da gestão. Segundo o prefeito, mais de 1.500 unidades já foram entregues. A Prefeitura identificou 47 áreas para implantação dos conjuntos habitacionais e resgatou um projeto de 480 unidades habitacionais iniciado em 2022, que corria risco de ser cancelado por questões administrativas. A recuperação desse empreendimento garantiu a manutenção de R$ 80 milhões em recursos públicos.
Mabel também defendeu que os investimentos são essenciais para melhorar a qualidade de vida da população e acelerar o desenvolvimento urbano da capital goiana. “Obras sem projetos não saem do papel. Estamos trabalhando com planejamento, mesmo diante das dificuldades financeiras do município”, disse.
O plano habitacional apresentado está alinhado ao programa federal Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), que prevê moradias gratuitas para beneficiários de programas sociais como Bolsa Família e BPC. Famílias sem vínculo com esses programas poderão adquirir os imóveis com parcelas de até 10% da renda mensal declarada.
O déficit habitacional em Goiânia atualmente soma 55 mil famílias cadastradas em busca de moradia. Para o secretário municipal de Habitação, Juliano Santana, a meta da atual gestão é entregar mais de 12 mil unidades, o dobro das construídas pelo governo estadual nos últimos seis anos.