Caiado e o risco Goiás para a eleição de 2026

Daniel Vilela lidera com apoio de Caiado e Marconi Perillo ressurge competitivo enquanto Wilder e Adriana enfrentam impasses internos.

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Foto: Alego, Secom Goiás e Wilson Dias/Arquivo Agência Brasil

1

A pesquisa Quaest publicada recentemente traz…

…o vice-governador, Daniel Vilela (MDB), com 26% de intenção de voto para o governo…

…o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) com 24%…

…o senador bolsonarista Wilder Morais (PL) com 10%…

…e a petista Adriana Accorsi com 8%.

(Sobre a pesquisa, leia aqui: Genial/Quaest: Daniel Vilela lidera disputa pelo governo de Goiás)

2

Daniel tem

  • o apoio do governador Ronaldo Caiado, dono de 88% de aprovação, segundo a mesma pesquisa,
  • vai assumir o governo em abril com saída anunciada de Caiado, que é pré-candidato a presidente,
  • e conta na sua base de sustentação com o MDB, maior partido do Estado. Ele preside o partido.

3

Marconi carrega o peso de um ciclo de quatro governos e 20 anos de poder, com seus pontos positivos (o chamado recall, que é o ‘conhecimento acumulado’) e negativos (traduzidos em alta rejeição).

Tudo somado, subtraído e dividido: depois que deixou seu último governo, Marconi sofreu duas derrotas para o Senado.

Melhorar a imagem, com tal retrospecto, é missão nada fácil para qualquer marqueteiro.

Daniel Vilela, ao contrário, embora tenha disputado uma eleição para governador e outra como vice de Caiado, é menos conhecido.

É o que aponta a pesquisa. E isso é bom. Desgaste de menos.

Dá pra dizer: Daniel tem lenha pra queimar; Marconi, cinza – fogo pra reascender.

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Wilder depende. Ponto.

Como não tem estrutura política e não lidera grupo, ele DEPENDE da boa vontade de Bolsonaro para ser ou não ser candidato.

E enquanto ele não faz campanha – porque nada faz, no que é criticado por -, aliados seus fazem conversas de bastidores com Caiado e Daniel para formação de uma chapa conjunta unindo as direitas bolsonarista e caiadista em Goiás.

O PL indicaria o nome do deputado federal Gustavo Gayer para uma das vagas de candidato a senador. A outra já tem dona: a primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado (União Brasil).

Se isso der certo, Wilder, que nada tem feito (a não ser agradar Bolsonaro e esperar – sejamos justos), vai fazer o quê?

5

A petista Adriana Accorsi não assume pré-candidatura ao governo. Pragmatismo puro e simples.

No momento em que se apresentar como candidata a governadora, imediatamente colocará em risco, caso recue depois, sua candidatura à reeleição.

A previsão é de que o PT faça dois deputados federais. Ou três, numa visão otimista. Para cinco ou seis pretendentes considerados competitivos. Ou seja: o espaço está congestionado.

Adriana é na teoria (para as pesquisas verem), e não é na prática (para seu eleitorado saber e não se dispersar), pré-candidata ao governo.

Enquanto isso, o PT continua tentando o Plano A. Sim, Adriana é o Plano B.

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O Plano A do PT para 2026 em Goiás é Marconi Perillo candidato a governador erguendo palanque para Lula presidente de novo, com um petista na vice.

O deputado estadual anapolino Antônio Gomide, que já foi inclusive candidato ao governo? Pode ser.

Ou nem isso, a vice, o PT exija: basta o palanque.

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Marconi nega, escorrega, e o tempo passa.

A pesquisa Quaest apertou o nó dessa articulação, e a favor do tucano.

Com 24%, Marconi passa a se ‘vender’ mais caro, valorizado que se sente na perspectiva, na competitividade, na fé tucana de que a vitória sorri de adesão.

Basta ver a animação dos marconistas nos últimos dias. O clima é de brilho nos olhos e faca nos dentes.

Marconistas mais fervorosos voltaram inclusive a defender que a aliança com Lula seja desconsiderada de vez.

Uns julgam não precisar do PT. Outros, que o partido e Lula podem atrapalhar, como aliança estrategicamente inconveniente em um Estado majoritariamente de direita – novo lugar de fala do PSDB, ex social-democrata.

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O cenário pós-Quaest é de alerta geral.

Daniel Vilela, Marconi Perillo, Wilder Morais, Adriana Accorsi: todos ganharam com a divulgação da pesquisa.

Mas Daniel tem mais a comemorar, consolidado que fica como favorito.

Marconi tem a seu favor o reposicionamento no jogo.

Depois de passar anos como pauta negativa, de repente ganha espaço em pauta positiva, a eleitoral: tá no jogo e não pode ser ignorado.

O que ele vai fazer com isso, só Deus sabe. Pode renascer das cinzas, mas pode também sumir no vento.

E os outros nomes? Eles que lutem.

9

Em política, favoritismo e renascimento são oportunidades. Não garantem vitória por antecipação.

Cada um que cuide do seu.

Para Daniel, 26% podem ser o chão.

Para Marconi, 24% podem ser o teto.

Foi o que ponderou o diretor do instituto de pesquisa, Felipe, em entrevista ao jornal O Popular sobre os índices apresentados.

Sabemos. Pesquisa não é voto. Retrato de momento não é urna. Campanha (pré-campanha) é tudo e mais um pouco. Quem faz, leva. Quem não faz ou não faz bem…

Como brinca um velho amigo do interior: ‘acampanhemos’.

10

Para Caiado, os números da Quaest soam como aviso: o risco de perder em Goiás, e perder para Marconi, existe.

É isso. Papo reto.

E o que ele vai fazer de hoje em diante na eleição estadual, importa. Importa muito.

Caiado tem o condão até de definir a disputa.

11

E você, o que acha de tudo isso?

Quem já ganhou é quem já perdeu?

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