Empresas de base tecnológica têm ganhado protagonismo na construção de uma economia mais sustentável no Brasil. Um exemplo vem do Paraná: a startup Haka Bioprocessos desenvolve soluções para transformar resíduos sólidos e emissões industriais em combustíveis sintéticos, com potencial para redesenhar a forma como indústrias lidam com descarte e reaproveitamento de materiais.
Fundada em 2019 pelo engenheiro ambiental Cyro Calixto, a deeptech aposta no uso de microalgas para capturar gás carbônico (CO₂) e convertê-lo em energia limpa.
A expectativa é que, até 2026, duas plantas industriais — uma no Paraná e outra em Santa Catarina — entrem em operação comercial. A iniciativa atende demandas de setores como alimentício, frigorífico, recicladoras, refinarias e até administrações municipais.
O projeto da Haka não se desenvolveu sozinho. Com apoio técnico e financeiro do Sebrae e da Embrapii, via parceria com a Embrapa Agroenergia, a empresa conseguiu ampliar sua capacidade de pesquisa, criar protótipos e acessar redes de inovação. Essa conexão com o ecossistema empreendedor tem sido fundamental para o avanço da proposta tecnológica.
A atuação da Haka vai ao encontro das diretrizes do programa Nova Indústria Brasil (NIB), lançado pelo governo federal, que prioriza uma reindustrialização verde e inovadora. Ao aproveitar emissões e resíduos para gerar energia, a startup contribui para a redução de custos logísticos, viabiliza metas ambientais e fortalece cadeias produtivas regionais.
*Com informações ASN Nacional