“Estamos aqui construindo um novo rumo para o Brasil.” A frase emblemática para o momento vivido pelo País foi pronunciada pelo governador Ronaldo Caiado dia 29, quando foi oficializada a federação entre o União Brasil e o PP. Ela é a base do discurso de Caiado, e atravessa o tempo.
Quando foi candidato a presidente, em 1989, Caiado já procurava mostrar-se como o líder certo para um País que precisava de renovação. Agora, na pré-candidatura, retoma o discurso, e de um ponto de vista bem mais firme: depois de vários mandatos de deputado federal, senador e governador eleito e reeleito de Goiás com uma das maiores aprovações registradas.
A construção da federação que uniu as duas legendas significa, segundo Caiado, “a maior força política do Brasil”. Significa também um palanque capaz de levar ao Palácio do Planalto não só um nome que hoje se apresenta como a antítese histórica e ideal a Lula e o PT, mas que aponta para transformações necessárias e urgentes, o que ele representa.
Caiado define a federação entre União Brasil e Progressistas como a síntese desse sentimento de mudança presente no país, em busca de um projeto partidário que possa de fato construir um novo Brasil. Nesse novo rumo, ele faz críticas ao atual cenário econômico, mencionando o aumento da inflação, o custo de vida elevado e os índices de violência.
Para ele, a a nova “força política” criada representa um divisor de águas. “Essa junção nos traz a responsabilidade de vencer a eleição de 2026. Temos desafios pela frente, mas com honestidade, transparência, independência moral, reforma administrativa e redução dos gastos públicos, é possível moralizar o uso dos recursos e construir a nação que os brasileiros esperam. Não será um sonho futuro, será realidade em 2026”, destaca.
O governador goiano observa ainda que a federação amplia significativamente o alcance de sua pré-candidatura. “Agora temos mais presença em prefeituras e estados. Isso abre um leque enorme para eu percorrer o Brasil”, afirmou, ao lembrar que sempre disputou eleições com base no apoio popular. “Construí minha trajetória sem imposições partidárias. Em todas as campanhas, foi o povo quem me respaldou”, acrescenta.
O QUE OS LÍDERES PENSAM
Os presidentes das duas legendas também ressaltam o significado político da federação. Antônio Rueda destaca o fim da fragmentação partidária como um dos objetivos da união. “Temos o compromisso de conduzir o Brasil a um futuro de grandeza, paz e justiça social”, diz.
Ciro Nogueira, por sua vez, defende a necessidade de medidas profundas para recolocar o país no rumo do crescimento. “Precisamos de um choque de austeridade econômica e regulatória que nos coloque em nível de competitividade com as nações mais eficientes”, observa.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB), classifica a aliança como a maior das últimas duas décadas. “É um sinal claro de compromisso institucional e de espírito público com o que realmente importa: fazer o melhor para a sociedade”.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), elogia a maturidade política envolvida no processo. “É um gesto que merece reconhecimento. Temos afinidade e condições de seguir trabalhando juntos pelo país”, afirma.
A senadora Tereza Cristina (PP) também destaca a união das siglas em torno de uma agenda nacional. “O Brasil precisa crescer e superar escândalos de corrupção. Essa união nos fortalece para construir um país rico, próspero e com oportunidades para todos”, diz.
O vice-presidente nacional do UB, ACM Neto, afirma que a aliança visa o futuro. “Ela será a principal responsável pela construção de um novo projeto para o Brasil”, pontuou.
Já o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), reforça a importância de ações para atender às demandas da população. “Criar propósitos que possam trazer respostas a grande parte dos brasileiros, ou seja, o povo espera muito de todos nós”, garantiu.