O Ministério Público de Goiás (MPGO) inaugurou na sexta-feira (5/9) o Núcleo de Apoio às Vítimas (Navita), espaço criado para oferecer acolhimento humanizado e orientação jurídica a pessoas que sofreram crimes violentos. O núcleo funciona na sala T-22, no térreo da sede do MPGO, no Jardim Goiás, em Goiânia, e se apresenta como um marco na política de proteção e garantia de direitos no Estado.

O Navita foi instituído pelo Ato PGJ nº 61, de 4 de agosto de 2025, e está vinculado à Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais. O atendimento incluirá escuta qualificada, acompanhamento psicossocial, encaminhamentos na área de saúde, suporte jurídico e monitoramento contínuo das vítimas. A iniciativa integra o Movimento em Defesa das Vítimas, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), aderido pelo MPGO em 2023.
Durante a cerimônia, o procurador-geral de Justiça, Cyro Terra Peres, destacou que o espaço simboliza um compromisso com quem busca recomeçar após situações de violência. Ele ressaltou que o contato direto com as vítimas permite ao MP “atuar de forma mais humana e próxima da realidade”.
A subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Sandra Mara Garbelini, frisou que o núcleo representa um novo olhar para o atendimento: “Aqui, a vítima será ouvida, compreendida e reconhecida em sua dignidade humana”. O espaço também recebeu elogios de membros da instituição, como a procuradora de Justiça Rúbian Corrêa Coutinho e a promotora Carla Brant Corrêa Sebba Roriz, que reforçaram a importância da escuta qualificada.
Coordenado pelo promotor de Justiça Augusto Henrique Moreno Alves, o Navita atuará inicialmente em Goiânia, mas poderá ser expandido para outras comarcas de Goiás. A proposta é trabalhar em rede, com parcerias públicas e privadas, garantindo às vítimas informações claras sobre seus direitos e evitando a revitimização.
A inauguração foi acompanhada de um workshop que debateu práticas de atendimento humanizado, reuniu especialistas e apresentou iniciativas como a elaboração de um manual interno de boas práticas e uma cartilha voltada ao público externo.
*Com Assessoria de Comunicação Social do MPGO